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"Agora é tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial e da discriminação para a pedra sólida da fraternidade." (Rev. Martin Luther King Jr.)

Sejam bem-vindos ao NEGOSPEL!

O que vem a ser o NEGOSPEL? - NEGOSPEL é um MOVIMENTO NEGRO EVANGÉLICO virtual e, ou, presencial cuja missão é de conscientizar os afrodescendentes e interessados no assunto quanto à sua historicidade, identidade, autovalorização e espaço tanto do ponto de vista histórico-teológico como étnico-sócio-racial lutando, assim, pela reparação nas áreas supra-citadas dentro de um recorte racial justo e verdadeiro ante às inúmeras injustiças resultantes na atual estratificação social. Portanto, continue conosco interagindo e divulgando nosso trabalho e muito obrigado pela sua visita!

Afroabraços,

Henrique Coutinho.



terça-feira, 8 de julho de 2008

O PAI NOSSO E AS TRÊS TENTAÇÕES LUCIFÉRICAS

Texto: Mateus 6:9-13.

Pensamento do dia: " Decidirei , neste dia, cooperar com Deus para "NÃO CAIR EM TENTAÇÃO", consciente de que tenho com Deus, em tudo, uma parceria firmada."


Como não poderia deixar de ser, a "ORAÇÃO DO PAI NOSSO" encerra conservando a sua linguagem coletiva. E, não somente isso, mas, também, conservando um tom intercessório.
Apesar de se dar pouca atenção a esse final da oração, talvez seja ele uma das partes mais importantes e que precisa ser apreciada com maiores cuidado e atenção. Já que resume muito bem todo o contexto em que se encontra inserida. Se não vejamos: os vs.9 e 10 fazem alusão ao REINO (gr.: 'basiléia' = governo, domínio);O v. 9 diz: "...estás nos céus, santificado..." é correlato a Isaías 6:3 que nos revela a GLÓRIA de Deus; já no v. 10 a hierarquia angelical fala de PODER.
Todas as vezes que leio o v. 13 de Mateus 6, tenho a impressão que Jesus tinha em mente tanto Isaías 14:12-15 como Mateus 4:1-11. Diante disso, entendo que a segunda parte do versículo 13 ("... porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!") está longe de ser uma afirmação formal e isolada. Antes, faz alusão à primeira parte do mesmo versículo (13) do qual advém o tema : "O PAI NOSSO E AS TRÊS TENTAÇÕES LUCIFÉRICAS". Quais sejam:

I) A tentação do REINO (governo, domínio). É, sempre, bom lembrar que esse desejo desajustado de "governar" por vias ilegais e ilegítimas nasceu, primeiro, no coração de Lúcifer quando intentou "fazer um trono acima do de Deus" aregimentando, assim, um terço do contigente angelical sob o nefasto desejo da cobiça. Não tem sido diferente em nossos dias, mormente nos meios políticos e religiosos nos quais é flagrante a constatação de indivíduos cujo caráter é sombrio e trapaceiro, bem como ambicioso e cobiçoso.

II) A tentação do PODER (poder temporal). A segunda intenção de Lúcifer, além de "governar", era a de obter e exercer 'TODO O PODER' que só pertence a Deus! É, exatamente, essa busca desenfreada e obsessiva pelo "poder" que tem gerado guerras, homicídios, opressões, enfim, conflitos de toda a sorte e em todas as áreas da vida humana. Afinal, depois da queda de Adão e Eva , queda essa resultante da busca pelo "poder do conhecimento do bem e do mal", a raça humana com sua natureza adâmica decaída vem reproduzindo essa síndrome luciférica em todas as instâncias da vida.

III) A tentação da GLÓRIA (brilho, fama, glamour). A terceira e última principal intenção de Lúcifer era a de conquistar a GLÓRIA que somente a DEUS é devida e que ELE com ninguém reparte! Ou seja, Lúcifer não estava contente em, apenas, ser um canal retroprojetor DA LUZ, uma vez que este era o significado do seu nome ("anjo de luz"), mas "ser a própria LUZ"- que "fiasco angelical" ! Não é de se estranhar que essa mesma síndrome de Lúcifer tenha acometido tanta gente, tantos políticos, tantos líderes religiosos nos últimos dias. Não se contentam em resplandecer 'A LUZ DE CRISTO diante dos homens', o que ambicionam, na verdade, é a glória, o brilho, a fama, o glamour - um crime hediondo contra a GLÓRIA DE DEUS!!!

"... e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!"

Que o Senhor nos guarde de cair nessas "três tentações luciféricas", pois, isso acontecendo estaremos contribuindo para engrossar as fileiras contigenciais daqueles que vivem em função de alcançar, usurpando, o REINO, o PODER e a GLÓRIA que SÓ A DEUS PERTENCEM!

Pr. Henrique Coutinho.





segunda-feira, 7 de julho de 2008

O PAI NOSSO E O PERDÃO CONDICIONAL.

Texto: Mateus 6 9-13.

Pensamento do dia: "Terei meu crédito reestabelecido com Deus e minhas dívidas, por Ele, saldadas à medida que for anistiando as dívidas daqueles que me são inadimplentes."

Tarefa da semana: Faça uma relação das pessoas que precisam exercitar e/ou receber o perdão nos seguintes casos: 1) Aquelas que precisam do nosso perdão; 2) aquelas das quais devemos procurar perdão; 3) aquelas que precisam da nossa ajuda para perdoar a outros.

É interessante observar nesses versículos que o Senhor Jesus, ao ensinar sobre o perdão na "oração-modelo", amarra, atrela e condiciona o perdão de Deus para conosco ao nosso perdão para com o próximo (vs. 12, 14 e 15). Em outras palavras, Ele está nos ensinando que para conceder anistia àqueles que lhe são inadimplentes nessa relação verticalizada, é condição "sine qua'non" que anistiemos as dívidas daqueles que nos são inadimplentes nessa nossa relação horizontalizada.

A palavra 'anistia' significa "ato que extingue as consequências de um fato punível". 2) Perdão geral de dívidas, crimes, etc. 3) Perdão coletivo de crimes políticos.

Os dois maiores desafios da vida cristã são o AMOR e o PERDÃO, ambos são interdependentes em seu exercício (Lucas 7:47).

Pr. Henrique Coutinho.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

DE QUE NOS FALA O PÃO?

Texto: Mateus 6:9-13.

Pensamento do dia: "Viverei o dia de HOJE ao máximo, tão intensamente, como se fosse o único dia da minha vida, confiante na provisão de Deus e partilhando com o próximo a graça dessa provisão."


A figura do pão na cultura judaica é revestida de um significado muito importante em sua culinária cotidiana. E, tendo Jesus percebido isso, tomou o pão como exemplo de ALIMENTO BÁSICO da sociedade em que estivera inserido fazendo, assim, em oportunidades diferentes algumas aplicações espirituais para a vida dos que ouviam os seus ensinos (João 6:48-51 e Mateus 26:26-30). Diante dessas abordagens, quais as lições que podemos extrair dessa interessante metáfora utilizada pelo Mestre? "DE QUE NOS FALA O PÃO?"

Em primeiro lugar: "O PÃO NOSSO DE CADA DIA" nos fala da oportunidade de exercitarmos A BENEFICÊNCIA." "O pão NOSSO fala de coletividade, e não de individualismo nem de egoísmo, a exemplo da 'multiplicação de um lanche' para alimentar uma multidão de quase cinco mil pessoas (João 6:1-13). Nessa ocasião, Jesus ensina através da INGENUIDADE GENEROSA de um garoto cuja identidade não é revelada embora a identidade do caráter de Cristo lhe fosse patente, que o pouco com Deus só se torna muito quando nutrimos em nosso coração uma disposição CONSTANTE em repartirmos aquilo que Deus nos concedeu, e, isso, independente da quantidade dessa porção, uma vez que o nosso coração esteja SEMPRE transbordante dessa GRAÇA DOADORA chamada BENEFICÊNCIA!

Em segundo lugar: "O PÃO NOSSO DE CADA DIA" nos fala da oportunidade de exercitarmos A (ampla, total e irrestrita) CONFIANÇA NA PROVISÃO DE DEUS." "O pão nosso... nos DÁ...", fala de uma confiança que não vacila, não duvida nem se inquieta. Apenas DESCANSA e CONFIA no DEUS que TUDO PROVÊ (Mateus 6:25-33)!
Há quatorze anos residí em um local considerado pelas autoridades um dos bairros mais violentos de Salvador (Santa Cruz /Baixa do Areal) . Desses quatorze anos, treze foram dedicados a procurar uma casa em um lugar melhor, mesmo contrariando a lógica dos racionalistas e o desengano dos "corretores". Quando esses me diziam "é muito difícil, você não irá conseguir vender!" Eu respondia: "Eu ainda acredito em milagres!!!" De fato, parecia loucura aquele meu empenho perseverante de treze anos tentando vender uma casa em um local discriminado pela grande maioria das pessoas, inclusive por "crentes"! Mas, quanto mais isso acontecia mais a minha confiança no DEUS que TUDO PROVÊ aumentava. E, para surpresa de muitos, no dia 30 de abril de 2008 conseguimos vender a nossa casa por um preço justo e, logo em seguida, no dia 6 de maio de 2008 efetuamos a compra de uma excelente casa no bairro de Amaralina (por preço miraculoso!), ocasião em que apresentamos as chaves em gratidão ao Senhor em culto congregacional. É motivo para dar um forte brado de GLÓRIA A DEUS!!! Sim, este é "O DEUS QUE TRABALHA POR AQUELES QUE N'ELE ESPERAM!"

Em terceiro lugar: "O PÃO NOSSO DE CADA DIA" nos fala da oportunidade de exercitarmos A DEGUSTAÇÃO DO DIA DE HOJE COMO SE FOSSE O ÚNICO DIA DE NOSSA VIDA." "O pão nosso de cada dia nos dá HOJE " nos fala de vivermos o dia de HOJE intensamente, saboreando-o ao máximo e concentrados, não no passado nem no futuro, mas no presente! Exemplos bíblicos: Jó 23:12; Prov. 30:8; Mateus 6:25-34; I Pedro 5:7.
Quem consegue viver com o necessário, com o BÁSICO, consegue, também, viver e saborear intensamente o dia de HOJE!

Pr. Henrique Coutinho.

terça-feira, 1 de julho de 2008

PAI NOSSO: UMA REFERÊNCIA DA RELAÇÃO STATUS + HIERARQUIA, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU.

Texto: Mateus 6:9-13.

Pensamento do dia: Evitarei buscar "o status pelo status" e burlar os princípios da hierarquia quando tiver compreendido a necessidade de invocar e estabelecer tanto o GOVERNO como a VONTADE DE DEUS aqui na terra como acontece lá no céu.

Todas as vezes que declaramos a frase: "Pai nosso que ESTÁS NO CÉUS", não estamos dizendo, com isso, que Ele é um pai que está distante de nós . Muito pelo contrário, além de Ele ser ONIPRESENTE e, portanto, estar mais perto do que possamos imaginar e, até, perceber (Is.57:15), tal declaração ("...que ESTÁS NOS CÉUS") denota a idéia de SUA AUTORIDADE. Ou seja, faz alusão à autoridade que Ele ocupa, o seu STATUS ou posição. Não obstante isso, Deus não tem nenhuma dificuldade em "administrar" a sua posição e o exercício do seu poder (Is. 57:15). O mesmo Deus majoritário em seu exercício de status e poder é o mesmo capaz de se inclinar para os "minoritários" e, com eles, estreitar relacionamentos. Por outro lado, quando declaramos "SANTIFICADO SEJA O TEU NOME... VENHA O TEU REINO...", estamos , além de ADORANDO o único nome que é dígno de ser adorado; estamos CHAMANDO o seu GOVERNO e a sua VONTADE aqui na terra como acontece lá no céu. E por que isso? Porque no céu existe uma relação SADIA de hierarquia: 1º- Deus em seu "alto e sublime trono": 2º- Querubins; 3º- Serafins; 4º- Arcanjos; 5º- Anjos. E o interessante disso é que eles conseguem conviver com essa hierarquia sem nenhuma dificuldade - com excessão de Lúcifer e a terça parte do contigente angelical que foram, todos, expulsos do céu , tornando-se Satanás e seus demônios.
Portanto, existe no céu uma relação sadia de obediência (submissão) às autoridades estabelecidas pela AUTORIDADE MÁXIMA que é Deus. Obediência essa, que fora destacada por Jesus, nessa oração-modelo, como referência dígna de ser imitada: "SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU."
Assim como querubins, serafins, arcanjos e anjos obedecem ao PAI e à Sua Soberana Vontade, em amor, lá no céu, assim também devemos obedecer aqui na terra!
Pr. Henrique Coutinho.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

PAI NOSSO: UMA ORAÇÃO COLETIVA.

Texto: Mateus 6:5-13.

Pensamento do dia: "A minha oração e ação devem ter uma linguagem e comportamento que visem o coletivo, e não, somente, o indivídual. De modo que produziremos e prosperaremos juntos e todos ganharemos com isso."


Vivemos em um mundo onde o egoísmo e o individualismo, que são irmãos gêmeos, têm crescido e tomado corpo em todos os âmbitos da sociedade, a saber: na família (a célula-máter da sociedade), no trabalho, nas instituições de ensino, na política, e, por que também não dizer - nas religiões - essa busca desenfreada pelo "meu", pelo "eu primeiro" em detrimento do outro, ou seja, do coletivo, é algo cada vez mais visível e real em nosso dia a dia. Mas, em contraposição a tal comportamento humanista, o Senhor Jesus mais uma vez nos surpreende ao ensinar a, universalmente, conhecida "ORAÇÃO DO PAI NOSSO" aos seus discípulos. É isso aí! Pai NOSSO! Não é Pai "meu" nem Pai "dele", mas Pai NOSSO! Pão NOSSO! NOSSAS dívidas! NOSSOS devedores! Jesus, propositalmente, ensina tanto aos seus discípulos como a nós, hoje, uma oração de cunho coletivo, e não individualista, egoísta e interesseira; uma oração INCLUSIVA, e não exlusivista e excludente; uma oração cujo propósito fosse promover UNIDADE NA DIVERSIDADE, e isso no campo das relações horizontais, e não uma "unidade na uniformidade", aquela que, não conseguindo conviver com os diferentes, impõe um sistema de "fardamento" ou "uniforme" comportamental anulando, assim, as individualidades criadas pelo próprio Deus; uma oração, portanto, despida de POSSESSIVIDADE, já que o 'Pai NOSSO' não é só meu nem alimenta só a mim, mas deseja, ardentemente, que eu compartilhe tanto desse PÃO como dessa PATERNIDADE com outras pessoas.

Pr. Henrique Coutinho.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A FIGURA DE DEUS COMO PAI.

Texto: Mateus 6:5-13.

Pensamento do dia: "Independente das experiências que possamos ter tido com nosso pai terreno (sejam elas positivas ou negativas) - DEUS É NOSSO PAI - um Pai Perfeito, Amoroso, Generoso, Protetor, Paciente, Atencioso, Supridor e sempre Presente em todos os momentos de nossa vida".

Uma das revelações mais maravilhosas da Bíblia é a de que Deus é nosso Pai.
Em que você pensa quando ouve a palavra pai? Pensa logo em proteção, provisão, afeto e ternura? Ou a palavra pai pinta outros tipos de quadros para você? Deus se revela a si mesmo na Bíblia como um Pai gentil e perdoador, intimamente envolvido com os mínimos detalhes de nossa vida. Este é um quadro, não somente belo, mas também verdadeiro. Entretanto, cada pessoa parece ter uma idéia diferente de como Deus é, porque costumamos associar (transferir) os sentimentos e impressões que temos do nosso pai terreno ao nosso conceito do Pai Celestial.
A experiência pessoal de cada indivíduo com a figura de autoridade humana (pais, patrões, professores, "líderes religiosos", etc.) é, normalmente, transferida para aquilo que diz respeito a Deus.
Boas experiências nos aproximam do conhecimento e da compreensão de Deus, assim como experiências ruins criam imagens distorcidas do nosso Pai (Deus) por nós.

Pr. Henrique Coutinho.