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"Agora é tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial e da discriminação para a pedra sólida da fraternidade." (Rev. Martin Luther King Jr.)

Sejam bem-vindos ao NEGOSPEL!

O que vem a ser o NEGOSPEL? - NEGOSPEL é um MOVIMENTO NEGRO EVANGÉLICO virtual e, ou, presencial cuja missão é de conscientizar os afrodescendentes e interessados no assunto quanto à sua historicidade, identidade, autovalorização e espaço tanto do ponto de vista histórico-teológico como étnico-sócio-racial lutando, assim, pela reparação nas áreas supra-citadas dentro de um recorte racial justo e verdadeiro ante às inúmeras injustiças resultantes na atual estratificação social. Portanto, continue conosco interagindo e divulgando nosso trabalho e muito obrigado pela sua visita!

Afroabraços,

Henrique Coutinho.



terça-feira, 25 de maio de 2010

SEGUNDO ENCONTRO AFRO-LATINO EM SALVADOR-BA.

Começa no Brasil Encontro Afro-latino

Brasília, 25 de maio (Prensa Latina). Coincidindo com o Dia da África, começa hoje em Salvador, capital da Bahia, estado brasileiro, o segundo Encontro Iberoamericano de Ministros de Cultura para uma Agenda Afrodescendente nas Américas.

Com o objetivo de elaborar um plano de políticas públicas para a igualdade racial, os ministros de Cultura e outros representantes de 20 países da América Latina e do Caribe sessionarão até a próxima sexta-feira.

O segundo Encontro Afro-latino -como se denomina de maneira sintética- elaborará essas ações por meio de projetos e propostas de cooperação entre os participantes do evento, promovido pelo Ministério de Cultura, através da Fundação Cultural Palmares.

A reunião constitui um compromisso assumido em 2008, na primeira reunião efetuada em Cartagena, Colômbia, cuja declaração final, denominada Agenda Afrodescendente nas Américas, contribuiu a criar novos horizontes no programa multilateral de cooperação no campo cultural e foi determinante para que a Organização das Nações Unidas declarasse 2011 como Ano da Ascendência Africana.

Além dos ministros do ramo, à convocação de Salvador assistem representantes de organismos internacionais como a Organização dos Países Ibero-americanos, a Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Organização Internacional para as Migrações.

De acordo com o site do Ministério de Cultura, de maneira paralela à reunião ministerial se realizará o Encontro de Pensadores, que convocará agentes políticos, sociais e especialistas nas esferas de cultura negra da América Latina e do Caribe.

Essa reunião terá três eixos temáticos fundamentais: Memória histórica das comunidades afrodescendentes e da diáspora africana (seu significado; valor e visibilidade das narrativas históricas dos países).

Ademais, Comunicação e apropriação social da história e dos valores culturais dos afrodescendentes; e a força da diáspora africana como fonte inspiradora para estreitar laços de fraternidade, cooperação e unidade cultural entre os povos das Américas e seu futuro.

Oficinas de percussão e atividades artísticas farão parte também do segundo Encontro Afro-latino, enquanto uma das novidades da reunião será a apresentação do Observatório Afro-latino, um intercâmbio virtual (por internet) de conteúdos sobre as culturas das comunidades afro-latinas e caribenhas.

Criado pela Fundação Cultural Palmares, esse projeto tem o objetivo de compartilhar ideias e propostas de pensamento sobre a questão dos negros na região e pretende estar em permanente elaboração, com a ajuda de todos os empenhados na luta pelo reconhecimento da contribuição africana na construção de suas sociedades.

Dados oficiais refletem que na América Latina e no Caribe se concentra hoje uma população de 150 milhões de afrodescendentes e a diáspora africana na região representa cerca de 30 por cento da população total.

(Por Prensa Latina - Agência Informativa Latino Americana)

SALVE O DIA DA ÁFRICA!

Hoje é dia de África

Luanda – O "continente negro" celebra hoje , 25 de Maio, 47 anos desde a criação, em Addis Abeba (Etiópia), da Organização de Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já independentes na altura.
O ato constituiu-se no maior compromisso político dos líderes africanos, que visou a aceleração do fim da colonização do continente.
No dia 25 de Maio de 1963 reuniram-se 32 Chefes de Estado africanos com ideias contrárias à subordinação a que o continente estava submetido durante séculos (colonialismo, neocolonialismo e "partilha da África").
Dessa reunião, nasceu a OUA (Organização de Unidade Africana). Pela importância daquele momento, o 25 de Maio foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, Dia da Libertação de África.
O dia representa também um profundo significado da memória colectiva dos povos do continente e a demonstração do objectivo comum de unidade e solidariedade dos africanos na luta para o desenvolvimento económico continental.
A criação da OUA traduziu a vontade dos africanos de converterem-se num corpo único, capaz de responder, de forma organizada e solidária, aos múltiplos desafios com que se defrontam para reunir as condições necessárias à construção do futuro dos filhos de África.
Entretanto, de todos esses pressupostos, é facto reconhecido que a libertação do continente do jugo colonial e o derrube do regime segregacionista do Apartheid, durante anos em vigor na África do Sul, foram eleitas como as tarefas prioritárias da OUA.
Como a OUA mostrou-se incapaz de resolver os conflitos surgidos continuamente em toda a parte do continente, os golpes de estado tornaram-se uma prática.
A construção de uma verdadeira unidade entre os países membros é ainda inexistente, sendo exemplos disto os golpes de estados e as guerras civis no continente.
Economicamente, os indicadores também estavam longe de serem animadores, concorrendo para isso a própria instabilidade militar e as múltiplas epidemias.
Assim, a 12 Julho de 2002, em Durban, o último presidente da OUA, o sul-africano Thabo Mbeki, proclamou solenemente a dissolução da organização e o nascimento da União Africana, como necessidade de se fazer face aos desafios com que o continente se defronta, perante as mudanças sociais, económicas e políticas que se operam no mundo.
Contudo, resolveu manter a comemoração do Dia de Africa a 25 de Maio, para lembrar o ponto de partida, a trajectória e o que resta para se chegar à meta de “uma África unida e forte”, capaz de concretizar os sonhos de “liberdade, igualdade, justiça e dignidade” dos fundadores.
Outro objectivo principal da UA continuará a ser a unidade e solidariedade entre os países e povos de África, defender a soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados membros e acelerar a integração política e socioeconómica do continente, para realizar o sonho dos “pioneiros”, que em 1963 criaram a OUA.
Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização: Marrocos se afastou voluntariamente em 1985, em sinal de protesto pela admissão da auto-proclamada República Árabe Saharaui, reconhecida pela OUA em 1982.
Apesar de se registarem actualmente em África alguns conflitos de carácter político, pode-se dizer que a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos.
De uma forma geral, os governos africanos são repúblicas presidencialistas, com excepção de três monarquias existentes no continente: Leshoto, Marrocos e Swazilândia.
Parcerias são formadas diariamente ao abrigo da NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África), um instrumento da União Africana que se baseia em relações e acordos bilaterais num ambiente de transparência, responsabilização e boa governação.
A África tem aproximadamente 30,27 milhões de quilómetros quadrados de terra. Ao norte é banhado pelo Mar Mediterrâneo, ao leste pelas águas do oceano Índico e a oeste pelo oceano Atlântico. O sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

É o segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia), com aproximadamente 800 milhões de habitantes.

Basicamente agrário, pois cerca de 63 porcento da população habita no meio rural, enquanto somente 37 % mora em cidades. No geral, é um continente que apresentando baixos índices de desenvolvimento económico.
O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas um porcento do produto mundial. Grande parte dos países possui parques industriais poucos desenvolvidos, enquanto outros nem sequer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.

O principal bloco económico é a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), formada por 14 países: Angola, África do Sul, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
Para saudar a data, que se comemora este ano sob o lema "2010, ano da paz e da segurança", realizam-se em Angola várias actividades, destacando-se o colóquio internacional, dedicado "A Paz e Segurança em África", a realizar-se no Centro de Convenções Talatona, em Luanda.
(Por Efeméride)


Sem dúvida alguma, esta é uma data que precisa ser relembrada e celebrada, pincipalmente, pela comunidade AFRODESCENDENTE. Mas não somente isso, precisa ser disseminada nos calendários e currículos escolares, universitários; viabilizada e veiculada através dos meios de comunicação; ensinada nas mesas e sofás familiares tanto quanto outras datas importantes como, por exemplo, O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
O DIA DA ÁFRICA é história! É parte da minha, da sua, da nossa história! Uma data carregada de profunda significação e exemplo de união em prol da RESISTÊNCIA a toda a espécie de colonização aviltante e descaracterizante da cultura do segundo maior continente do mundo. Portanto, cabe-nos proclamar a nossa história, reproduzir seus bons propósitos e reafirmar nossas raízes.
SALVE O DIA DA ÁFRICA!
Pr. Henrique Coutinho.